sábado, 28 de fevereiro de 2009

Clash Portenho
















Punk com forte influencia de Reggae e espírito rebelde numa época de repressão política, lembra Clash, não? Problemas com álcool e drogas e a morte de seu carismático líder, agora parece que estamos falando de Doors. Porém não se trata de nenhum dos dois e sim de uma desconhecida banda (para nos brasileiros) oriunda da nossa vizinha do sul metida á européia, a Argentina. Muito mais cool que a maioria das bandas melosas que o Rock latino gerou -talvez por ter um pequeno DNA escocês como mostrarei posteriormente- SUMO e seu líder, Luca Prodan, encarnaram o espírito do Rock n’ Roll de forma extrema.

A historia do SUMO começa quando Luca Prodan, um italiano com meio-sangue escocês e que vivia na Inglaterra, muda-se para os campos argentinos a convite de um amigo. Cansado da tranqüilidade campestre, mudou-se para Buenos Aires. Prodan e um grupo de amigos decidiram gastar toda a economia em instrumento musicais: Germán Daffunchio na guitarra; Alexandro Sokol no baixo; Stephanie Nuttal, uma amiga britânica, na bateria.

Com a explosão da Guerra das Malvinas, a Argentina passa por uma forte onda anti-inglesa. A língua inglesa passa a ser rejeitada pela população argentina, que foi contaminada por um grande fervor nacionalista. Por contar com uma integrante inglesa e cantar algumas músicas em inglês, a banda passou a ser hostilizada. No período, Nuttal volta para a Grã-bretanha e a formação passa por alterações: Sokol passa a tocar bateria e Diego Arnedo entra para a banda para tocar baixo. O Diretor da revista "El Expreso Imaginario", Roberto Pettinato, é convidado a tocar sax em alguns shows. Formação na qual a banda viveria seu ápice.

Mesmo gozando do status de principal banda do underground Argentino, Luca regressou a Europa e não dava sinais de retorno. Mas voltou para a Argentina em 17 de agosto de 1984. Com o retorno, o SUMO iniciava sua nova formação com os antigos Luca, Arnedo e Petinatto mais os novos músicos: Alberto Superman Troglio (bateria) e Ricardo Mollo (guitarra).

O sucesso rendeu para o grupo um contrato rentável da gravadora CBS. Porem, depois de um disco que continha hits de sucesso, o vicio em heroína e álcool agravou seriamente a saúde de Luca que morreu de parada cardíaca dois dias depois da ultima apresentação do grupo.

Lançaram apenas três discos: Divididos por la felicidad, Llegando los monos e After chabón, sem contar o póstumo Fiebre.

Como disse no inicio do post, a sonoridade lembra bastante os tempos mais inventivos do Clash, principalmente devido a forte influencia de Reggae. Mas também podemos ouvir ecos do bom e velho Velvet Underground em viagens experimentais como na música “Divididos por la Felicidade”. Sem contar que a imprevisibilidade de Luca como frontman lembra um certo Jim Morrison.

As letras não são nem de longe obras primas. Mas são capazes de deixar a mais atrevida das bandas do BrRock com inveja. Sem contar a versatilidade lingüística de Luca: músicas como “Noche de Paz” são cantadas em três línguas.

Portanto recomendo largar por um tempo o seu disco favorito dos Titãs e comprovar que a produção musical argentina pode ir alem do tango e de grupos de Rock melosos como Soda Estereo.





quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Dilbert











Em tempos de crise econômica, vale a pena ler a excelente tirinha Norte-Americana Dilbert. Criada por Scott Adams para passar o tempo nas reuniões chatas do banco em que trabalhava, é perfeita para rir do ambiente corporativo e de seus personagens. De tão hilária dá-se a impressão que Adams estava desperdiçando o seu talento naquele banco.

Dilbert é um engenheiro que trabalha numa empresa do ramo da tecnologia, é obrigado a conviver com algumas das exigências mais absurdas e com os personagens mais bizarros que uma empresa poderia gerar. Personagens como: Wally o típico empregado preguiçoso e inútil; Dogbert o cachorro intolerante, egoísta e manipulador; Ratbert o rato burro e carente (e que já chegou ao cargo de Executivo-chefe da empresa) e um chefe que é invejoso, inexperiente e tolo.

Distribuída em 4.000 jornais em todo o mundo, pode-se disser que a tirinha deu um novo significado a expressão “capitalismo selvagem”, visto que a empresa em que Dilbert trabalha é uma selva em que alguns funcionários chegam a levar até um Arco e flecha para descontar as suas frustrações, o encarregado dos Recursos Humanos é um gato e novos funcionários assumem imediatamente cargos superiores aos de funcionários antigos. Nem as relações internacionais são poupadas, representadas pelo país fictício Elbonia, pais de Terceiro mundo cujo solo é coberto de lama e a tecnologia não existe.

Tamanho sucesso chegou a render produtos derivados como livros sobre o ambiente de trabalho escritos pelo próprio Scott Adams e pesquisas que utilizam as tiras como referencia.

Para finalizar, vale a pena lembrar que o cachorro Dogbert é o novo chefão deste Blog. Apareceu aqui e comprou 51% das ações, ou seja, sou agora um empregado de um cachorro prepotente, intolerante, manipu... quer dizer inteligente, esperto, mais esperto que a maioria dos idiotas que vivem nesse planeta, dos quais merecem ser eliminados. Até mais, vou eliminar idiotas com minha arma lazer(Dogbert).